segunda-feira, 23 de julho de 2007

O que é que a Bahia tem?

Bahia é linda...
Os baianos são lindos...
Gal é linda...
Caetano é feio!
Bahia é linda, é morena, é dançante, sensual e bem humorada!
Vixe, mãinha! Aqui, todo negão é sarado, toda mulé é boa, afe!
Realmente foi aqui que o Brasil começou, mas acredito que é aqui que
tudo ainda continua.
Desde os motorista de táxi, passando pelos guias, garçons, vendedores
da praia e varredores de rua, todos falam a mesma língua, educada,
gentil e prestativa.
Esta é uma verdadeira cidade turística, com moradores (absolutamente
todos), treinados valorizar e cuidar do turista...
Aqui ninguém pede para você esperar um pouquinho, não! Tudo é na hora,
no sorriso, no chamego, na atenção e boa vontade.
São devagar quase parando, dizem que é porque vão e vem de jegue, mas
estou com muita vontade de me abaianar também, ficar morena (negona
mesmo), abrir uma barraquinha na praia e viver feliz para sempre!
Será que é a tal baianidade tão cantada por Caetano?
Sei não, mas até o final da semana, eu descubro. Prometo!
Beijos!

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Plebe, povo, ralé, gentalha, gentalha, gentalha!


“Nunca pretendi agradar a essa gentalha; daquilo que eu sei o povo não gosta, daquilo que o povo gosta não quero eu saber.” Epícuro.

E é bem no meio da ralé que a cultura de um povo se mostra sem subterfúgios, sem a maquiagem do glamour, onde a dureza do dia-a-dia só amolece no primeiro gole. Onde acontecimentos infelizes sempre ocorrem em série, da pior maneira, no pior momento e de modo que cause o maior dano possível. Cada cultura tem suas particularidades, mas a maioria tem “pobremas” comuns... Azarados, coitados, mas se reproduzem com uma facilidade espantosa... Quanto mais pobres, mais férteis e reprodutores, talvez por serem mais atléticos e sarados – a porção de torresmos é bem menor para o povão-pé-no-chão, a corrida para alcançar o ônibus, pra matar a baratas o alongamento para passar debaixo da catraca, subir na laje pra mexer na antena da tv, – conseqüentemente, mais sensuais! Tudo começa a partir do puxadinho: Mutirão para levantar a laje, onde a sogra, o primo alcoólatra, o cunhado pegador “pacarai” que tem o filho gay e uma filha teúda e manteúda, prima velha do cabelo acaju-menopausa, o Waldisnei, tossindo alto e catando a mortadela do chão, a Creusa que tem pobrema de neuvos por causa da galinha da vizinha – que não é a ave, se juntam para ajudar. Histórias da ralé passa pelo churrasco do casório, “love is in the ar” só felicidade... mozinho serve a sardinha com beijinho ao mozão, fofura serve ponche ao fofinho, no o copo preferido de alumínio com o escudo do curintia... Em situações como essa, tudo e todos se atraem... chifres e musicas sertaneja... tornozelo e pedal de bicicleta... bunda da moça que dança funk e o olhar do cara sentado no sofá com perna de tijolos... palito de fósforo, apontado com a faca suja de feijão e a boca do Ditão caminhoneiro... toda partícula solitária que voa sempre encontra seu olho... A gentalha também tem a festa-arte do batismo, e, são muitas, como os nomes que “unem” dois nomes ( Criswelington), à adaptação de nomes estrangeiros (Wóxiton), ou nome da musica preferida dos pombinhos. Ah! Sim, tem o batismo tradicional, a conversão do “irmão” que abandonou o mundo, aceitou Jesus. Não nesta mesma ordem. No mundo ralé, muita coisa parece bizarra, parece não fazer o menor sentido para quem vive em uma classe elevada, como a elite, a nobreza. Se bem que em nosso país, a elite é tão pequena que muitos até duvidam de sua existência. Entretanto, há controvérsias sobre o que é gentalha, bagaceira, povão, ralé... O Roberto Carlos, por exemplo, dorme de meia (uma só), a Ivete Sangalo levanta o braço pra cheirar as axilas, dizem que tem CC, Rita Lee, ouve e gosta de pagode. - Mas então, Sr. Presidente da republica, as pessoas deste lugar são boas? – A elite é boa... - E o povão? – O povão também. – São cidadãos satisfeitos e felizes? – A elite está satisfeita e feliz. – Então e o povo? – O povo também... – E são pessoas fáceis para se conviver? – A elite é... –E o povão? – O povão também... – Mas porque você sempre diz que a elite deste país é feliz, satisfeita e fácil de conviver se o povão também é? - É que a elite representa os brasileiros. – E o povo? – O povo também. Então ta! Plebeus nobres que somos, vamos encarando nosso destino e quebrando os termômetros a cada vez que detectamos uma febre. Alguém que não me lembro quem, disse: Todo homem é igual perante a lei.A lei é que muda, conforme o homem. Isso faz todo o sentido!

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Nem tudo que voa, cai na rede de boca fechada.

“A voz do povo é a voz de Deus”, é o que afirma o velho dito. No dicionário “ditado popular”, provérbios ou máximas é o conceito de exemplos morais, de uma idéia ou pensamento,expressa em poucas palavras. Mas, nem tudo que reluz é ouro ou nem tudo que cai na rede é peixe. Portando, a sabedoria popular: “Uma mentira repetida mil vezes torna-se uma verdade” é conversa pra boi dormir. Uma estupidez, mesmo repetida por três dois ou três mil anos, ainda é uma estupidez. Mania antiga, essa que nós temos de ditados e sabedoria antiga, algumas pessoas acatam como regra e acaba com “a, verdade é uma só”. As verdades tanto quanto as mentiras são muitas. É verdade que a mentira é feia e negativa em qualquer tempo, lugar, situação? Seria possível a mentira ser aceitável ou benéfica em algumas situações? Vejamos: mentir é contra os padrões morais de muitas pessoas e culturas; também é um pecado na maioria das religiões. Convenhamos: mentir é uma prática humana muito comum, todo mundo mente... Isso é uma verdade absoluta... “Mas, já vão? Ainda é tão cedo! A tua presença é o presente mais importante... Pague a minha parte que depois eu acerto contigo. O problema não é você, sou eu! Nossa como você emagreceu! Coitado era uma pessoa sincera... Foi uma grande perda”. Analisemos então: depois de uma mega briga conjugal, Zé Ruela, o marido, resolve encher a cara e desabafar as mágoas com o garçom, como qualquer homem normal - já que as mulheres desabafam com cabeleireiros e estilistas, em alguns casos, uma boa vendedora também serve. Então acorda em um motel, com uma linda e gostosa “lolita”. Absolutamente arrependido, não suportando o peso da culpa, resolve contar a esposa o que aconteceu. Você acha que esse Mané foi honesto? Ou que preferiu tirar o peso da sua culpa ao jogar a responsabilidade de sua punição, nos ombros da corna, ops! coitada em questão? E se ele não contasse, pouparia a sua mulher dessa verdade? Qual verdade é a melhor? Há situações, onde a mentira honesta se faz necessária, por questões de sobrevivência, para manter a vida, para proteger o outro, - melhor, a “outra”. Não! Não me refiro á mentira política, já que essa não tem verdade, está acima do bem e do mal. Há também aqueles momentos em a mentira é simplesmente uma delícia... Quando se trata do vestido “caríssimo e lindo de morrer” na mocréia chata da vizinha. Histórias de ficção, não são verdades, mas, não são mentiras.Uma criança está mentindo quando afirma que papai Noel existe? Um crente fervoroso, mente quando garante que fala com Deus? Seria digno induzir uma pessoa a não fazer um tratamento, porque na verdade a “enxaqueca” é um câncer incurável em fase terminal? O que se conclui é que existem situações em que mentir compensa e falar a verdade pode ser desonesto. Se essas pequenas mentiras fazem uma grande diferença, imagine o mundo só com verdades... "Você está cada vez mais jovem! Nunca broxei antes. Isto vai doer mais em mim do que em você. Eu nem reparei que você usava peruca! Dinheiro não traz felicidade”.

Há quem diga que é mais fácil fazer as pessoas acreditarem numa “grande mentira” dita muitas vezes, do que numa “pequena verdade” dita apenas uma vez. O fato é que certas, erradas, sublimes ou não, a mentira é a maior verdade que conhecemos e a voz do povo é a voz do povo! Só a tola voz do povo!