segunda-feira, 9 de julho de 2007

Nem tudo que voa, cai na rede de boca fechada.

“A voz do povo é a voz de Deus”, é o que afirma o velho dito. No dicionário “ditado popular”, provérbios ou máximas é o conceito de exemplos morais, de uma idéia ou pensamento,expressa em poucas palavras. Mas, nem tudo que reluz é ouro ou nem tudo que cai na rede é peixe. Portando, a sabedoria popular: “Uma mentira repetida mil vezes torna-se uma verdade” é conversa pra boi dormir. Uma estupidez, mesmo repetida por três dois ou três mil anos, ainda é uma estupidez. Mania antiga, essa que nós temos de ditados e sabedoria antiga, algumas pessoas acatam como regra e acaba com “a, verdade é uma só”. As verdades tanto quanto as mentiras são muitas. É verdade que a mentira é feia e negativa em qualquer tempo, lugar, situação? Seria possível a mentira ser aceitável ou benéfica em algumas situações? Vejamos: mentir é contra os padrões morais de muitas pessoas e culturas; também é um pecado na maioria das religiões. Convenhamos: mentir é uma prática humana muito comum, todo mundo mente... Isso é uma verdade absoluta... “Mas, já vão? Ainda é tão cedo! A tua presença é o presente mais importante... Pague a minha parte que depois eu acerto contigo. O problema não é você, sou eu! Nossa como você emagreceu! Coitado era uma pessoa sincera... Foi uma grande perda”. Analisemos então: depois de uma mega briga conjugal, Zé Ruela, o marido, resolve encher a cara e desabafar as mágoas com o garçom, como qualquer homem normal - já que as mulheres desabafam com cabeleireiros e estilistas, em alguns casos, uma boa vendedora também serve. Então acorda em um motel, com uma linda e gostosa “lolita”. Absolutamente arrependido, não suportando o peso da culpa, resolve contar a esposa o que aconteceu. Você acha que esse Mané foi honesto? Ou que preferiu tirar o peso da sua culpa ao jogar a responsabilidade de sua punição, nos ombros da corna, ops! coitada em questão? E se ele não contasse, pouparia a sua mulher dessa verdade? Qual verdade é a melhor? Há situações, onde a mentira honesta se faz necessária, por questões de sobrevivência, para manter a vida, para proteger o outro, - melhor, a “outra”. Não! Não me refiro á mentira política, já que essa não tem verdade, está acima do bem e do mal. Há também aqueles momentos em a mentira é simplesmente uma delícia... Quando se trata do vestido “caríssimo e lindo de morrer” na mocréia chata da vizinha. Histórias de ficção, não são verdades, mas, não são mentiras.Uma criança está mentindo quando afirma que papai Noel existe? Um crente fervoroso, mente quando garante que fala com Deus? Seria digno induzir uma pessoa a não fazer um tratamento, porque na verdade a “enxaqueca” é um câncer incurável em fase terminal? O que se conclui é que existem situações em que mentir compensa e falar a verdade pode ser desonesto. Se essas pequenas mentiras fazem uma grande diferença, imagine o mundo só com verdades... "Você está cada vez mais jovem! Nunca broxei antes. Isto vai doer mais em mim do que em você. Eu nem reparei que você usava peruca! Dinheiro não traz felicidade”.

Há quem diga que é mais fácil fazer as pessoas acreditarem numa “grande mentira” dita muitas vezes, do que numa “pequena verdade” dita apenas uma vez. O fato é que certas, erradas, sublimes ou não, a mentira é a maior verdade que conhecemos e a voz do povo é a voz do povo! Só a tola voz do povo!

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