segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Ordem na desordem.


As vezes acho que sou uma espécie de sábia mística, que passa por provações kármicas. Devo ter sido muito irresponsável na outra vida. Só isso explica aquele estranho acordar, com vontade de fazer limpeza no quartinho da bagunça. Fora latas vazias ou com tintas velhas, sacos de sapatos á serem doados, tapetes esquecidos, cavaletes de pintura e pinceis empoeirados... Agora ficou limpo, mas esse armário caindo aos pedaços? Simples desmontar com pé de cabra e jogar em uma caçamba juntos com todas as tralhas inúteis que foram guardadas para que, talvez um dia pudessem ser úteis. Mas, quem é que tem pé de cabra em uma casa normal – tá minha casa não é normal, mas também não tem pé de cabra – Um espeto enferrujado falhou no trabalho de desmontar o armário caindo aos pedaços, o normal também. O jeito foi usar a lógica, pegar uma chave de fenda e desemparafusa-lo. Claro que esse método é um pouco demorado, além dos parafusos tortos, meus óculos embaçam debaixo de armário velho, caindo aos pedaços, mas como não desisto nunca e deus não se vingou, jogando um raio na minha cabeça, (por causa daquelas palavras sublimes que sussurramos, quando batemos o cotovelo na quina), o benedeto armário velho, caindo aos pedaços, foi parar na caçamba. Sabe que o ambiente ficou melhor? E tinha aquela prateleira de aço, pintada de “branco ferrugem” que poderia desabar a qualquer momento, então depois que tirei as duas caixas de cerveja, todo o arsenal de guerra contra os passarinhos, incluindo alpiste envenenado, ração para pássaros com pó de veneno de rato; repelente viscoso para pardais e morcegos, não, aqui não tem morcegos, só pardais; uma caixa de naftalina que são usadas na guerra através do estilingue, diga-se de passagem, estou cada vez melhor nesta arma. Enfim, prateleira também pra caçamba. Agora só faltava as prateleiras altas, com as caixas de isopor, milhões de varas de pescar com suas caixas e acessórios com nomes esquisitos.

Sabe que as paredes pintadas de branco limpo, ficariam ótimas com as prateleiras novas? Pra isso eu só precisaria tirar as medidas ligar pra a marceneiro preparar as tábuas, já que eu tinha a lixa e a tinta. A tentativa de ligar para o homem das tábuas foi um fracasso, eu não entendia o que ele dizia e ele me entendia menos ainda. Não tive outra escolha, esquece o marceneiro e vá buscar aquelas que já vem pronta, “bricolagem, faça você mesma”, não há como errar. –Agora, nem pensar dona!Sinto muito, estamos atrasados, mas amanhã esta será a primeira entrega, pode crer! Eu, Hem! Acreditar em prazos de vendedor, nunca! Sou esperta moço, vou procurar outro lugar que entregue mais rápido. Claro que quando se é esperta, não se esquece que se é esperta e por isso não acredita que a promessa será cumprida só porque a outra loja jura que é mais confiável. Depois disso é melhor levar o conceito faça você mesmo um pouco mais a sério e ir com “seu carro”, buscar as tábuas da perdição, e não estressar só porque ficaram um pouco maiores do que as medidas e se faz necessário colocá-las, todas, de novo, no “seu carro” e levar para o marceneiro, que você desdenhou no dia anterior, fazer o favor de cortar as tábuas da maldição, que no caminho de volta, na curva da esquina, caem que quina no cotovelo! Ok. Agora sim, as tábuas nos seus justos lugares, depois de quase três dias, e alguns hematomas, só faltava o resto. Colocar as tralhas de volta. Nada é capaz de tirar uma mulher determinada a organização do sério! Depois de tudo terminado, cada coisa no seu devido lugar, tudo ficou exatamente como estava antes! A vida não é justa!

terça-feira, 20 de novembro de 2007

PARA O SEU MARIDO

“Quem escreveu este texto foi a Fernanda Young. Eu, Fátima, só estou publicado para arrumar uma pequena confusão, um bate boca qualquer, um burburinho básico para a semana.”

Olha, eu sei de coisas sobre a sua mulher que você não sabe. Não tenho motivos para mentir nem inventar fofocas, portanto pode acreditar em mim.

Ela sente desejo por outros homens. Não posso garantir se por algum específico, mas por vários, em diferentes momentos. Chegou até a dar bola para alguns deles — nada de muito grave, mas deu. Deu, que eu sei.

Outra coisa: sua mulher finge orgasmos quando transa com você. Não estou dizendo sempre, mas boa parte das vezes. Ela jamais vai te confessar esse fato, porque ela acha que isso deixaria você griladíssimo. Caso ela tenha razão, pode ficar. Griladíssimo, quero dizer. Pois ela finge. Ah, finge. Quer saber mais? Ela fica com raiva quando você fica doente. E fica com mais raiva ainda quando você se recusa a ir ao médico. Outra coisa que ela odeia: quando você se automedica. Mas ódio mortal, mesmo, ela sente quando você não presta atenção no que ela diz. E você não presta, todo mundo comenta. Aliás, fique sabendo que ela já está sabendo de tudo, hein? Que você olha para as bundas e peitos por aí. Que diz gracinhas para outras mulheres. Que visita sites pornôs na internet. Que vive mentindo para ela, dizendo que está não sei onde, não estando. Que fala mal dela para os seus amigos.

O que a sua mulher não sabe, porque ainda não tive coragem de contar, é que você, às vezes, gostaria que ela sumisse da face da Terra. Sendo que ela, por sua vez, em diversas ocasiões, já imaginou que teria sido melhor se você nunca tivesse existido.E, já que estamos falando francamente, repare hoje no jeito dela. Veja se não lhe parece mais estranho que de costume. Olhe bem nos seus olhos - você vai ver o que estou falando. Que ela esconde mistérios de você. Que não é mais aquela de antes. Que mudou completamente.

Mas calma, nada de pânico. Não escrevo esta carta para causar brigas ou desesperos. Ao contrário, acho que o casamento de vocês ainda tem jeito. Basta você dar mais atenção a ela. Elogiar algo nela mais habitualmente. E ter mais respeito pelos problemas dela, bem mais.Enfim, se eu fosse você, ficaria de olho na sua mulher. Porque ela é especial - isso você sabe. Assinado: Anônima

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Divas No Diva.

Mulher bem resolvida?

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Quando eu crescer, quero ser igual a ela!

Instrumentista, advogada nascida na china.
Já se apresentou nos maiores palcos do planeta.
Será que agora alguém consegue ficar indiferente?

Vanessa Mae en Concierto [STORM]

Tente ficar indiferente! Tente!?

domingo, 4 de novembro de 2007

Chora, mulher chorona!


Todo mundo chora!

Muitos são os motivos que provocam lágrimas e choro.

Entretanto, ninguém, até hoje, pode explicar exatamente por que a mulher chora tanto.

“Que mistério pode haver na lágrima de uma mulher quando abre seus segredos?”, perguntam Guilherme Arantes e as próprias mulheres.

Este segredo é tão bem guardado que nem a nós mulheres, foi revelado.

Às vezes, o sexto sentido não faz o menor sentido pra mim!

Talvez as lágrimas “cor de rosa” existam exatamente por pura impossibilidade de serem contidas, por não ter jeito de se conter no peito!

O choro “vermelho-menstruação” só chora na mulher porque não tem tradução: de raça ou de pirraça, rimado ou não.

Não é um choro de tristeza ou de alegria, não é um choro por forte ou fraca emoção.

É um choro ambíguo, mas não desnecessário no momento que aparece.

É só constrangedor e preto o choro rosa, uma das habilidades mais estranhas das mulheres.

Às vezes, eu choro até quando dou risadas, no compasso da música do “Chico”, nas lembranças gostosas, nos filmes de “Charles Chaplim”, no cheiro da chuva de verão, dançando um bolero antigo, mesmo nos casamentos de desconhecidos ou numa poesia clichê. Às vezes, choro sem poder conter, sem traduzir no descompasso da lógica, feito uma “viola” nas mãos de um violeiro! Não é bom ou ruim, é apenas assim!

Desde a grande “Mãe Natureza”, passando por todas as suas fêmeas, deusas, sacerdotisas, humanas ou não, até as pedras e as rosas choram, pois são femininas.

Em busca das razões biológicas que provocam as lágrimas emocionais, o gênero feminino chora... Chora um choro especial, de acordo com o momento emocional. Ora estrondoso e desenfreado, ora silencioso e sutil, ora engolido e sufocado, ora disfarçado.

Às vezes amarelos, vermelhos ou pretos, porém todos são choros “corderosas”.