sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

A perfeição existe!

A perfeição existe! Se chama "a dança da deusa de mil mãos".

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Meu querido bom velhinho.


Tenho a mais plena noção de realidade... Sei que você não existe, embora gostaria muito que você fosse real. Pelo menos uma vês por ano. Ah! Como eu o amaria! Por isso resolvi que, neste natal, não quero criar polêmicas a seu respeito. Não quero chatear meus amigos com verdades tão inconvenientes... Não quero ser chamada de sem coração, algoz do espírito do natal... Então, quero ser normal, como todo cidadão deste planeta, buscando o espírito do natal. Ainda não o encontrei, acho que ele adora se esconder! Mesmo assim, farei meus primeiros pedidos de natal.

Levando em considerarão que nunca te pedi nada, posso usar todos pedidos, acumulados?

Um ferro de passar. Um ferro, tipo o de passar roupas, mas, que alise as rugas, para que minha testa não fique tão cheia de pregas a ponto de parecer uma saia plissada. E eu, uma louca estressada.

Um bloqueador auditivo de rap. Especificamente programado para bloquear automaticamente o tal do Rap das armas Tropa de Elite. Mesmo nos toques de celulares. Parapapapapapapapapa Paparapaparapapara clackbum Paraparapapapapapapapa

Por favor, se a tal da “piri pipiripi piriqueti”, não for bloqueada também a humanidade corre um sério risco de emburrecer ainda mais.

Um creme mágico 3 em 1, mega-plus. Que simultaneamente, rejuvenesça a pele, endureça os músculos e levante as coisas caídas... O mega-plus fica por conta do perfume de cor verde que elimina as manchas.

Um melhor amigo gay. Daqueles especialista em simancol, que avisa quando o cabelo está horroroso demais, claro demais, esticado demais, que brócolis está entre os dentes, que a blusa mostra os pneus da cintura, que seus brincos preferidos estão ridículos... Coisa eu as amigas, nem mesmo as melhores, não gostam de dizer...

Um removedor de micos. Pode ser em spray, com cheiro de chocolate, para ser borrifado no ar, depois do gafe concluída, apagando os minutos ou as horas, como se nada houvesse acontecido. Este presente é prioridade. Uma caixa por favor!

Um fixador de memórias para datas, nomes, telefones. “Saia justa” já está me deixando traumatizada.

Um secador auto-limpante de cabelo a prova de chuva. Parecido com um secador e cabelos convencional, e, que seu vapor além de limpar os cabelos, deixando-os lisos, hidratados e com brilho holywoodiano, também criasse uma película protetora contra água e umidade.

Um livro de magia, encantamentos, poções. Se possível, que no final tenha a lista telefônica das fadas, gnomos e dos deuses gregos. Pode ser igual o da Cleópatra, já que ela não quis me doar o dela. Ingrata!

Um telefone ant-telemarkeing. Esse não precisa explicação, né?

Meu querido bom velhinho, meu sapatinho ( salto 15, claro!), já está na janela do quintal, não vou me esquecer da sua rabanada e nem das cenouras para as suas renas. Se não for pedir demais, gostaria também, de um pouquinho de vergonha para os políticos e o Gianiquini para me fazer uma massagem nos pés...

Atenciosamente.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Teoria do caos ou segredo de família.


No enorme e crescente conjunto de coisas que eu gosto está família e festa. Acho até que não exista quem não goste. Estes dois itens juntos geram uma dinâmica curiosa e inexplicável. Nada mais sublime que ver toda a família reunida na hora da ceia... é a mais pura magia... Love is in the air... Ironia que explica a teoria do caos. Sou descendente de uma nobre linhagem de italianos – mezzo muzzarela, mezzo calabreza, que quando reunidos, desencadeiam uma coletiva “incontinência verbal”. Convenhamos, a maioria das famílias é esquisita, mas, comum porque nelas existem os mesmos personagens clássicos tipo: Nem parece peruca! Ninguém me ama! Qual família que não tem um tio que quando bebe, chora como uma donzela? Ou daquela parente engraçadinha, adepta da linguagem direta e que só fala palavrão. A famosa “maria mijona”, que todas as vezes que entra em um carro tem vontade de fazer xixi. A “maria quebradeira”, aquela coitada que vive engessada, não agüenta ver um chão que vai logo de jogando de cara. Também nunca falta um adolescente emburrado, com voto de silêncio até que seus pais comprem o ultimo lançamento de qualquer coisa. Não se pode esquecer o rabugento e chato, que passa a noite olhando para um saco de pão de forma, perguntando a todo mundo, o que ele faz na fruteira se não é fruta. Há quem toma o maior porre e vomita no colo da “fofa” mais metida da festa. A desengonçada que não sai sem a calcinha da sorte. A prima burra que não sabe nada, mas sabe o jargão de tudo. A estranha tia gorda – bruxa e benzedeira – que só cozinha num daquelas panelas enormes; mais parece os caldeirões dos índios canibais, daqueles com capacidade mínima para três missionários. Toda família que se preze tem que ter um artista que toca algum instrumento, enquanto os outros cantam...Cada um canta uma música diferente... Ao mesmo tempo! Nenhuma festa de família é realmente boa, sem a presença daquele parente chato que se entope de remédios tarja preta psicodélico e vive fazendo piada de todo mundo. Só ele acha graça e sempre acaba se envolvendo brigas e sai com alguns safanões... Outro personagem comum nessas festas e a fofoqueira, que fala pelos cotovelos: “Lembra da Deti? Aquela irmã bastarda? da namorada do fulano? Como não? Ela mora na esquina daquela rua que passa em frente a sorveteria do... Bem ao lado do consultório daquele médico? especialista em... Como é mesmo o nome dele? Então, como eu dizia, a Deti está grávida... Nem te conto, grávida de um homem casado! Dizem que o pai é o marido daquela mulher que tem um defeito na perna, com um nome engraçado? vizinha da vesga? Lembra da vesga? Sofria de desarranjo intestinal... coitada!” Tem também aquele personagem exemplar, que só não deixa muito claro qual é o exemplo. As gralhas italianas gritando: “O almoço está na mesa, vem come Alexandre Ricardo, se não tu magro e feio como as modelos e morre mais feio ainda!” Corta a cena para o outro canto da mesa, onde um outro ser, ignorando os limites da imaginação, da física e da lógica, dança feito uma pomba gira, com um prato na mão e um filho apoiado na cintura: “Olha o aviãozinho!!!” Nessa hora, em que estão todos na mesa, a alegria ultrapassa os decibéis suportáveis pelo ouvido humano... Um verdadeiro manual de instruções e indução ao suicídio. Enfim, sempre no final dessas festas, quando passar a sensação do liquidificador na cabeça, a gente se dá conta que esses esquisitos personagens, contribuem - em ré maior é claro! - espontânea ou acidentalmente, para que a família se torne mais forte, mais unida e esquisitamente feliz! Isso faz a gente chorar e agradecer por cada momento ao lado deles !