
É nisso que dá, passar tanto tempo longe daqui, posto um texto duas vezes. Preciso parar de tomar aquele chá de “cogumelos raivosos”... Passo o dia inteiro dizendo: “Coisa com coisa, coisa com coisa, coisa com coisa” e minha família diz que não digo coisa com coisa!
Talvez isso explique alguma coisa, talvez seja por causa de minha já (grave)idade, já que não consigo lembrar de muita coisa depois que ... não lembro agora, mas não tem importância... Nossa como o tempo passa né? Parece até aquele filme, como era o nome? Com aquele ator, lindo de viver, que morreu de, como era o nome daquela doença... Bom, enfim, eu só sei que foi uma perda muito triste pra mim. Foi muito de repente, tão novo... morreu antes de terminar de escrever o meu livro... Nossa como o tempo passa né? Aqui está o texto que deveria estar aí em baixo, nos post anterior...
O amor e o tempo.
Muito se fala sobre o tempo e o amor. Muitos acreditam que o tempo é inimigo do amor, que as relações se desgastam com o passar dos dias, meses e anos, entretanto, outros afirmam que o tempo reforça o amor, estreitando os laços a cada mudança da lua.
Só tempo cura as feridas, apaga as lembranças tristes, como humilhações, fracassos, crises financeiras, etc. Nada melhor que esse amigo, para desbotar os escândalos políticos, os micos - esses sãos os mais rebeldes – e isso é mais que conveniente. Mas não só os fantasmas sofrem o efeito desse companheiro. Do mesmo modo o extraordinário, o fantástico, o imortal, é consumido e embaçado pelo tempo. Esse cruel implacável vilão, traz consigo o hábito, que tem o poder de automatizar e banalizar o deslumbrante, o maravilho, o romântico. Dizem que a convivência é a fada maldita que mata o romantismo, que transforma príncipes em sapos e princesas em bruxas. Antes:não para! Depois: não começa! Antes: Nem tanto! Depois: nem tão pouco! Há quem diga que a falta de novidade é o túmulo do amor romântico. Seria a ilusão do romance cor de rosa ou o mito que morre? O tempo também traz consigo mudanças que acontecem em nós, alterando o contexto: Antes: A lua tem vergonha da sua beleza. Depois: Não ta vendo que vai chover sua anta! Ele não ama mais a pessoa que amou há dez anos atrás. Ela mudou ou ele que mudou? Essa entidade alteradora, muda o amor ou as pessoas envolvidas? E se tempo e o habito alteram o amor romântico, o que sobra então para os envolvidos? O que sobra depois do encantamento, entusiasmo e poesia poderia ser chamado de amor?
Muitas vezes, sobra o amor real, prático e convencional, cúmplice, dedicado, terno e confortável. Esses amores também sofrem as alterações desse vilão, podendo até morrer, entretanto, podem renascer, infinitas vezes. Outras vezes, depois da ação desse monstro, se não morrer, o amor se transforma em indiferença, constrangimento, ressentimento e ódio, que também não deixam de ser formas de amor... Antes: Amor, deixe seu coração comigo! Depois: Deixe seu relógio, seu carro e sua casa! O fato é que o tempo influencia todas as formas de amor, no presente, passado e futuro, mata e ressuscita, sublima e perverte. Mas mesmo sob a ação duvidosa dessa benção ou maldição, o amor é absolutamente indispensável. É a parte central da natureza humana, nos une ao mundo, traz algum sentido a vida. Não podemos viver sem ele. E no final das contas, se nobre, maldito ou piegas achamos que a vida é bela e o amor é lindo!
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